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22-05-2014

Aveiro: Coral Polifónico de Aveiro promove espetáculo “Cantares Doces” como “ponte” para a Madeira.


O Coral Polifónico de Aveiro vai juntar o cancioneiro tradicional da Madeira e de Aveiro no espetáculo “Cantares Doces” agendado ...

O Coral Polifónico de Aveiro vai juntar o cancioneiro tradicional da Madeira e de Aveiro no espetáculo “Cantares Doces” agendado para dia 23 de Julho no Centro Cultural e de Congressos na celebração dos 32 anos de vida. O coral de Câmara de Lobos vai estar em Aveiro num concerto que junta José Cid e Zé Perdigão.

Miguel Souto, presidente da direção do Coral Polifónico de Aveiro, adianta que o canto coral será acompanhado de experiências com outros artistas em palco e com forte componente histórica. “Não se trata apenas de um concerto, embora o concerto de aniversário seja o seu ponto alto. Implica a pesquisa e levantamento de músicas tradicionais aveirenses e madeirenses, mas também a divulgação de outras facetas das relações entre Aveiro e a Ilha da Madeira ao longo dos séculos”.

O encontro musical terá entradas a 5 euros como forma de ajudar a suportar os custos com a utilização do CCC e com a deslocação do Coro de Câmara de Lobos. “Cantares Doces é um encontro coral, mas também um reencontro pela música entre Aveiro e a Região Autónoma da Madeira, trocando melodias populares” e “valorizando o património musical das duas regiões e juntando as vozes às intensas relações comerciais que, durante séculos, mantiveram em torno do ouro branco”.

O encontro aprofunda as relações seculares entre Aveiro e a Ilha da Madeira numa iniciativa que vai decorrer em Aveiro de 22 a 27 de julho e que terá como ponto alto o concerto de aniversário, a 23 de julho, às 21h30, no Centro de Congressos de Aveiro (antiga Fábrica Campos).

Encontro que irá incluir uma conferência sobre a relação entre ovos moles, cerâmica, sal e os apelidos Aveiro que se encontram na Madeira. A Confraria dos Ovos Moles e o Coral Polifónico de Aveiro promovem uma conferência, que deverá decorrer na Universidade de Aveiro, sobre essas relações, com a projeção comentada pelos autores do documentário “cidades do açúcar e da cerâmica”.

O açúcar da Madeira chegou a Aveiro com a princesa Joana e com os direitos a parte da produção açucareira da Ilha. Junto com os ovos que serviam para os lavradores pagarem rendas às casas conventuais, a inspiração levou as freiras a receitar o famoso doce e algumas das músicas populares a apresentar revisitam esses ambientes rurais e monásticos.

“As naus que aportavam a Aveiro carregadas de açúcar, deixavam aqui o lastro de pedras vulcânicas de basalto, ainda hoje visíveis em algumas construções, e completamente estranhas à região. No regresso, levavam à Madeira as formas de Pão de Açúcar, feitas nas olarias aveirenses para a produção açucareira da Ilha, como o comprovam trabalhos arqueológicos realizados, tanto em Aveiro como naquela Região Autónoma”.

Este é o enquadramento histórico a que se juntam referências genealógicas. “O apelido familiar madeirense ´Aveiro`, que possui, entre outros, o ídolo do futebol, Cristiano Ronaldo, estamos convictos, terá tudo a ver com esse movimento”.

“Os barcos de Aveiro aportavam à Ribeira de Machico carregados de sal, de cerâmicas e o mais que se pudesse mercar. Não custa por isso admitir que alguns aveirenses, marnotos, oleiros, ou mareantes, tentassem melhor sorte para vidas de sacrifício, acabando por se fixar na Ilha. Dominavam a técnica da olaria e da extração do sal, ambas tentadas na Madeira sem grande sucesso devido às condições locais”.

O maestro Valdemar Silva que conduz os trabalhos em Aveiro já explicou que o concerto será dedicado ao envolvimento entre culturas. “O espetáculo prossegue depois numa alternância de formações corais que divulga a diversidade cultural e musical do repertório português, com as suas diferentes tradições locais e regionais. Percorre também algumas sonoridades do mundo lusófono, toca em África, com temas como ´Siyahamba` e no Brasil com ´Prece ao Vento` ou ´Romaria`, procurando evidenciar a importância da música para o intercâmbio de culturas”.

Depois da presença na Ilha da Madeira, o Coral Polifónico prepara-se para receber a visita do Coro de Câmara de Câmara de Lobos. Constituem a equipa artística do projeto os maestros do Coral polifónico de Aveiro e do Coro de Câmara de Câmara de Lobos, respetivamente António Valdemar Silva e João Nunes Atanázio, que em conjunto prepararam já o espetáculo ocorrido a 12 de abril, na Casa da Cultura de Câmara de Lobos, na Região Autónoma da Madeira.

O Coral Polifónico de Aveiro, instituição de utilidade pública, foi fundado em 14 de Julho de 1982, celebrando em junho o seu 32º aniversário de atividade ininterrupta. O CPA é um coro misto amador, interpretando uma ampla variedade de repertório de diferentes estilos e épocas, desde a música coral medieval à Renascença e idade contemporânea, com obras de música sacra, profana e tradicional de autores e países diversos.


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